quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Poesias dos poetas Jayme e Apparício

Cerimônia não preciso
Para cantar - quando falo,
Porque nasci de a cavalo
No lombo de um improviso,
Canto até o dia do juízo
No estilo missioneiro
E o meu verso galponeiro
Dispensa qualquer prefácio,
Pois tanto entra num palácio
Como num rancho posteiro!
(Jayme Caetano Braun)




Nazareno, o andarengo:
Melena sobre as espáduas, olhos azuis de céu limpo
Na sua cara afilada como que feita em madeira,
De bigode de asas caída e a barba ruiva no queixo,
Bombacha de brim riscado com alguns remendos cosidos,
Camisa branca de paz e a volta-e-meia da faixa
Cingindo a cintura magra,
Nos pés de varar distâncias as alpargatas baubudas
E como pombas voando as mãos morenas e ossudas...

(Apparicio Silva Rillo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário