segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012




Do vale ao Vértice
Roberto Pedro Michelena





Sob a chuva e o granizo avanças, patinhando...

A escura senda mal enxergas, tortuosa e àspera.

Ao teu lado e à frente, o crocitar de um bando

de corvos, agressivo, em revoada ascosa!





Desesperas, por creres o porvir nefando...

Mas eis que sobes, ao ver uma branca rosa

que te aparece, qual farol, de vez em quando -

quem sabe, posta ali por alma generosa!



E o marco de ascensão que, por fim, inicias!

Presentes o contorno imenso da montanha

e, no alto, em plena Luz, já a Vitória ganha...




Era o raiar da Auror o que, então, assistias

e, em trilhas mais de mil, cruzando os passos teus,

buscavam multidões, como tu - Ver a Deus!




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