quarta-feira, 8 de junho de 2011

POESIA: SIMBOLISMO DE PÁTRIA



Clareia o dia e um galo canta austero,
um quero-quero alça vôo em saudação
e o gaúcho que saltou com a boieira,
se encontra à beira do velho fogo-de-chão.


Tirar o freio com a água da cacimba,
sai a rebimba antes da lida campeira,
depois a erva num chimarrão topetudo
e um guerrudo com o café de chaleira.


Sobra cavalo pra cantar este Rio Grande,
por onde ande o gaúcho sempre vence;
leva no peito o orgulho do Brasão
e o coração entoa o Hino rio-grandense.


Com a Bandeira tricolor ruflando ao vento,
o sentimento de civismo aponta a trilha
e o simbolismo de Pátria que se inflama
arde na chama da Semana Farroupilha.


Com o cavalo crioulo e o cusco parceiro,
o tempo inteiro a lealdade se destaca;
para sustança um churrasco assadito,
depois um pito na palha alisada à faca.


A canha pura ameniza toda a ânsia,
galpão de estância é castelo e fortaleza,
para a maleza do organismo uma macela
e para a bela a Flor Brinco de Princesa.


Cândido Adalberto de Bastos Brasil,
Presidente da Estância da Poesia Crioula.

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