terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Jaime Caetano Braun



Biografia
(Timbaúva, 30 de janeiro de 1924Porto Alegre, 8 de julho de 1999) foi um renomado payador e poeta do Rio Grande do Sul, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Era conhecido como El Payador e por vezes utilizou os pseudônimos de Piraju, Martín Fierro, Chimango e Andarengo.
Jayme formou-se em jornalismo em 1954 e, na década de 70, trabalhou como radialista na Rádio Guaíba, onde apresentava "Brasil Grande do Sul", programa especial que ia ao ar aos sábados pela manhã. Ele também foi funcionário público estadual. Trabalhou no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado (Ipase) e dirigiu a Biblioteca Pública de 1959 a 1963. Aposentou-se em 1969.
Dotado de um talento extraordinário, escreveu livros como "Galpão de Estância" (1954), "De fogão em fogão" (1958), "Potreiro de Guaxos" (1965) e "Pendão Farrapo" (1978), alusivo à Revolução Farroupilha, além de outros e também gravou LP’S e CD’S. Foi parceiro de vários músicos regionalistas e padrinho de outros tantos que lançou na carreira artística.
Ele foi alambrador, tropeiro e curandeiro. Um artista missioneiro que fez da sua região o seu mundo e da sua aldeia uma Pátria.

Neste ano de 2012, o artista é homenageado pela Estância da Poesia Crioula com o "1º Concurso de Poesia Gauchesca Jayme Caetano Braun", que está com inscrições abertas até 15 de fevereiro. Participe...

A seguir, nacos de seu talento...

Hora da Sesta


O sol parece uma brasa

na cinza do firmamento.

Sobre o campo sonolento

ninguém está de vigília,

na lagoa - uma novilha,

bebe - de ventas franzidas

e duas graças perdidas

sentam na grama tordilha.


No galpão - tudo é silêncio,

e a cachorrada cochila

e a peonada se perfila,

estirada nos arreios,

só se escutam os floreios

da mamangava lubana

fazendo zoada, importuna,

nos buracos dos esteios.


Rompe o silêncio da seta

na guajuvira da frente

o tá-tá-tá impertinente

do bico dum pica-pau.


No galpão - um índio mau

quase enleia na açoiteira

a naniquinha poedeira

que vem botar no jirau.


Mas a soneira é mais forte

do que os gritos da galinha

e até as chinas da cozinha

cochicham meio em segredo,

Não há rumor no arvoredo,

nos bretes e nas mangueiras,

dormem as velhas figueiras

só quem não dorme é o piazedo.

É hora de caçar lagartos

e peleguear camoatim,

hora das artes sim fim

que o grande faz que ignora

e quanto guri de fora

criado no desamor,

numa infância de rigor

só foi guri nessa hora.


Hora de sesta - Saudades,

de juventude e de infância,

Hoje - ao te ver à distância,

quando a vida já raleia,

qual um sol bruxoleia

num canhadão se perdendo,

hoje - afinal - eu compreendo

por que guri não sesteia!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

APPARÍCIO SILVA RILLO



Biografia
(Porto Alegre, 8 de agosto de 1931 - São Borja, 23 de junho de 1995) foi um poeta, folclorista e escritor brasileiro.
Apesar de nascido em Porto Alegre, fixou residência em São Borja.
O merecimento literário de Silva Rillo valeu-lhe uma cadeira na Academia Rio-Grandense de Letras, em 1981, além de um sem-número de títulos, láureas e prêmios - dentre os quais se ressalta o Prêmio Ilha de Laytano, em 1980, conferido, segundo seu regulamento, à maís importante obra sobre assuntos do Rio Grande do Sul lançada no biênio - no caso a Já se vieram! - tradição, folclore e a atualidade da cancha-reta no RGS. editada pelo Instituto de Tradições e Folclore do Estado do Rio Grande do Sul. Dois anos antes havia sido agraciado com o Prêmio Nacional de Crônicas em 1978.
A contar de 1962 - ano em que fundou, com amigos, o até hoje atuante grupo de arte Os Angüeras, de São Borja-, Silva Rillo veio se destacando como um dos mais importantes compositores-letristas do meio musical gaúcho. Autor, hoje, de cerca de cinqüenta composições em disco, com parceiros musicistas da relevância de um José Bicca, Luiz Carlos Borges, Marinho Barbará, Pedro Ortaça, Cenair Maicá, Noel Guarany e outros deste naipe, é um dos maiores vencedores de festivais de música nativista no Río Grande do Sul.
Com os Angüeras, de 1971 a 1975, recebeu expressivas colocações na Califórnia da Canção Gaúcha, em Uruguaiana. Foi o grande vencedor deste evento em 1975, com Roda-canto, musicada por Marinho Barbará, havendo a dupla, na oportunidade, recebido nada menos que cinco premiações pela mesma composição. Ainda com Barbará, foi o vencedor da Linha Campeira em 1976 e 1977, e da Linha de Manifestação Rio-grandense em 1978, na mesma Califórnia da Canção.. Venceu, com Luiz Carlos Borges como parceiro, a I Ronda da Canção, em Alegrete, em 1980; a III Vindima da Canção, em Flores da Cunha, em 1982 e, mais recentemente, a V Vigília do Canto Gaúcho, 1986, em Cachoeira do Sul. Neste festival, foi igualmente o terceiro colocado, com Ribamar Machado, com composição que levou o título de a mais popular. É autor, com música de José Bicca, dos hinos oficiais dos municípios de Sã Borja e Cerro Largo, e, com Luiz Carlos Borges - seu parceiro de várias vitórias -, da composição vencedora de Uma canção para Santa Rosa, na cidade do mesmo nome. No gênero popular tem parcerias com o grande compositor Túlio Piva e, com músicas suas e de outros parceiros, venceu por várias vezes o Festival de Músicas para o Carnaval, que São Borja realiza anualmente desde 1969.
Como jurado de festivais, Silva Rillo atuou por três vezes na Califórnia da Canção, em Uruguaiana; por duas vezes no Musicanto, de Santa Rosa e na Coxilha Nativista, de Cruz Alta e, por uma vez, na Tertúlia Nativista, de Santa Maria, e na Vígllia da Canção, em Cachoeira do Sul. Além destes, integrou a Comissão Julgadora de vários outros festivais, em Santo Ângelo, Porto Ajegre (Festival do Tchê!), Caíbaté, Tucunduva, Itaqui, São Luiz Gonzaga e em São Borja, sua terra adotiva.
Além disso, publicou artigos e ensaios na imprensa, livros de contos e de poesia e peças de teatro. Autor de Literatura de Latrina, sobre frases escritas nos sanitários das cidades gaúchas,Já se vieram 1978 entre outras obras como novelas, romances e poesias e a série de causos Rapa de Tacho.

Neste ano de 2012, o artista é homenageado pela Estância da Poesia Crioula com o "1º Concurso de Causos Gauchescos Apparicio Silva Rillo", que está com inscrições abertas até 15 de fevereiro. Participe...



domingo, 29 de janeiro de 2012

PARTICIPE DO TROCANDO IDÉIAS 2012


Horário: 19h às 21h
Local: FERGS
Av. Des. André da Rocha, 49 - Centro - Porto Alegre - RS
Nesta 3ª feira dia 31 de jan - Tema: Aborto
GPJ/UDE Navegantes - 1ª Região
Entrada Franca/Sem necessidade de inscrição prévia

O TEMPO

"Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz". -

Paulo (Romanos, 14:6)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.

Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam

que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.

Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante

presunção.

Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que

todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura

não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em

favor de seu aperfeiçoamento espiritual.

É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo

estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?

Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que

muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda

parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.

A velha expressão popular "matar o tempo" reflete a inconsciência

vulgar, nesse sentido.

Nos mais obscuros recantos da Terra, há criatura exterminando

possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação,

é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.

Os interesses imediatistas do mundo clamam que o "tempo é dinheiro",

para, em seguida, reccomeçarem todas as obras incompletas na esteira das

reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem

e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na

conquista da experiência.

Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da

oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos

séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Emmanuel, do livro Caminho, Verdade e Vida.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


Parabéns Tele Táxi Cidade - TTC pelo ótimo atendimento, hoje solicitei os serviços de um táxi, a atendente disse que 5 a 10min, o táxi chegou em 2min. Chegamos tranquilas, minha mãe e eu, no destino Clinica Lavinsky, na Quintino Bocaiuva, 673, no horário certo.
Parabéns motorista Mauro, continue sendo bom profissional, quem faz o que gosta vive feliz. Que Deus o proteja sempre.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Parabéns Poeta e blogueiro Léo Ribeiro

Para comemorar o aniversário do poeta Léo Ribeiro,
estou compartilhando com vocês a poesia que ele fez
em 2011 para a 14ª Festa do Pinhão de São Francisco
de Paula.

Quando a linda gralha azul
“escramuça” pelo chão
para esconder o pinhão
que será o seu sustento,
começa o procedimento:
Semente, pinheiro, pinha...
“Debulhado” na cozinha
o fruto vira alimento.

E o alimento vira festa
por esses pagos serranos.
Ali, no meio do ano,
vai-se embora a calmaria
e um clima de alegria
toma conta da cidade
com atrações a vontade
e farta gastronomia.

Tem sapecada, passoca,
tem churrasco de pinhão,
artesanato, quentão
pra aquecer do frio matreiro...
Meus patrícios brasileiros
São Francisco vos convida
para ver como é a vida
deste povo hospitaleiro

Venham ver os pinheirais,
os gaiteiros, laçadores,
a terra dos mil amores,
da natureza mais pura.
Venham ver nossa cultura
e festejar o pinhão
e todos se encontrarão
pertos de Deus, nas alturas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Poesias dos poetas Jayme e Apparício

Cerimônia não preciso
Para cantar - quando falo,
Porque nasci de a cavalo
No lombo de um improviso,
Canto até o dia do juízo
No estilo missioneiro
E o meu verso galponeiro
Dispensa qualquer prefácio,
Pois tanto entra num palácio
Como num rancho posteiro!
(Jayme Caetano Braun)




Nazareno, o andarengo:
Melena sobre as espáduas, olhos azuis de céu limpo
Na sua cara afilada como que feita em madeira,
De bigode de asas caída e a barba ruiva no queixo,
Bombacha de brim riscado com alguns remendos cosidos,
Camisa branca de paz e a volta-e-meia da faixa
Cingindo a cintura magra,
Nos pés de varar distâncias as alpargatas baubudas
E como pombas voando as mãos morenas e ossudas...

(Apparicio Silva Rillo)


A Estância da Poesia Crioula informa que falta menos de um mês
para o encerramento das inscrições nos Concursos Literários:
- 1º Concurso de Poesia Gauchesca Jayme Caetano Braun
- 1º Concurso de Causo Gauchesco Apparicio Silva Rillo

Já estão concorrendo obras de: Arroio Grande, Argentina,
Santa Maria, Porto Alegre, Nova Esperança do Sul, Santa Rosa,
São Leopoldo, Lavras do Sul, Bagé, entre outros.
Participe também Chê!
Abaixo os regulamentos.

I CONCURSO DE POESIA GAUCHESCA "JAIME CAETANO BRAUN'

A Estância da Poesia Crioula torna público que estão abertas as inscrições para o 1º Concurso de Poesia Gauchesca JAYME CAETANO BRAUN, em homenagem ao grande poeta, trovador e inigualável pajador JAYME CAETANO BRAUN, Sócio-Fundador desta entidade.
O seguinte regulamento normatiza o Concurso:
1) A partir desta data, até 15 de fevereiro de 2012 estão abertas as inscrições para o 1º Concurso de Poesia Gauchesca “Jayme Caetano Braun”.
2) O tema do Concurso é livre, porém, deverá abordar a história, lendas, tradições, usos ou costumes do Rio Grande do Sul.
3) Os trabalhos apresentados deverão ser inéditos, na forma de “décimas espinélas”, “oitavas” ou “sextilhas”, obedecendo métrica e rima, no estilo consagrado pelo grande poeta gaúcho.
4) O trabalho apresentado deverá conter o título e pseudônimo do autor. Em separado deve ser enviado os dados pessoais, com endereço, telefone e e-mail para contato.
5) Cada autor poderá concorrer com um trabalho em cada modalidade: “décima espinéla”, “oitava” ou “sextilha”
6) Os trabalhos deverão ser encaminhados, em três cópias, até o dia 15 de fevereiro de 2012 para o seguinte e-mail: acandido@ghc.com.br ou endereço:
ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA - EPC
Rua Duque de Caxias, 1525, Conj. 49/D
CEP: 90.010-283 - Porto Alegre - RS -BRASIL

7) Não será cobrado taxa de inscrição.
8) Os trabalhos serão julgados por comissão especializada, indicada pela instituição promotora do concurso.
9) PREMIAÇÃO: Os trabalhos selecionados do 1º ao 5º lugar receberão diploma.
Os trabalhos classificados em 1º, 2º e 3º lugares receberão Diploma e Troféu.
10) Os resultados serão proclamados e os prêmios conferidos em solenidade especial, em Porto Alegre, durante o mês de março de 2012, em local a ser definido.
Porto Alegre, 26 de novembro de 2011.

___________________________________
Cândido Brasil,
Presidente EPC

I CONCURSO DE CAUSO GAUCHESCO "APPARÍCIO SILVA RILLO"

A Estância da Poesia Crioula torna público que estão abertas as inscrições para o 1º Concurso de Causos Gauchescos APPARÍCIO SILVA RILLO, em homenagem ao grande escritor, poeta e contador de causos, APPARÍCIO SILVA RILLO, Sócio-Fundador desta entidade.
O seguinte regulamento normatiza o Concurso:
1) A partir desta data, até 15 de fevereiro de 2012 estão abertas as inscrições para o 1º Concurso de Causos Gauchescos “Apparício Silva Rillo”.
2) O tema do Concurso é livre, porém, deverá abordar a história, lendas, tradições, usos ou costumes do Rio Grande do Sul.
3) Os trabalhos apresentados deverão ser inéditos, na forma narrativa de causo gauchesco (galponeiro, campeiro, pulpeiro) no estilo consagrado pelo grande poeta gaúcho.
OBS: Não confundir causo com conto. Não será admitido o uso de termos chulos.
4) O trabalho apresentado deverá conter o título e pseudônimo do autor. Em separado deve ser enviado os dados pessoais, com endereço, telefone e e-mail para contato.
5) Cada autor poderá concorrer com até dois trabalhos.
6) Os trabalhos deverão ser encaminhados, em três cópias, até o dia 15 de fevereiro de 2012 para o seguinte e-mail: acandido@ghc.com.br ou endereço:
ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA - EPC
Rua Duque de Caxias, 1525 conj. 49/D
CEP: 90.010-283 - Porto Alegre - RS - BRASIL

7) Não será cobrado taxa de inscrição.
8) Os trabalhos serão julgados por comissão especializada indicada pela instituição promotora do concurso.
9) PREMIAÇÃO: Os trabalhos selecionados do 1º ao 5º lugar receberão diploma. Os trabalhos classificados em 1º, 2º e 3º lugares receberão Diploma e Troféu.
10) Os resultados serão proclamados e os prêmios conferidos em solenidade especial, em Porto Alegre, durante o mês de março de 2012, em local a ser definido.
Porto Alegre, 26 de novembro de 2011.

___________________________________
Cândido Brasil,
Presidente E.P.C.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

VISITANDO DECOM FERGS


Durante a confraternização de posse da Diretoria
FERGS aproveitei para conhecer as novas instalações
do DECOM FERGS e conhecer os colaboradores.






































domingo, 8 de janeiro de 2012

A todos os fotógrafos


Hoje dia 08 de janeiro é o dia nacional do fotógrafo e da fotografia.
Parabéns.

Posse Nova Diretoria FERGS


Dia 08 de janeiro reuniram-se na sede da FERGS espíritas
representantes das Sociedades Espíritas da capital e do interior
para ouvir a palestra proferida pelo palestrante Vinicius Lousada
o tema foi "O futuro do Espiritismo". Vinicius falou que o Espiritismo
passou por seis períodos: curiosidade, filosófico, luta, religioso,
intermediário e o último período o atual é o de regeneração social.
Finalizando citou Erasto e sua máxima "Todos por um e um por todos".
Conclamando a todos a se unirem para o progresso geral.
Após Gabriel Salum leu a ata, passando a palavra para João Alessandro
Müller da Comissão Eleitoral para dar posse a Diretoria eleita.

Abertura das atividades


Vinicius e "O futuro do Espiritismo"





Público presente




Gabriel Salum e João Alessandro da Comissão Eleitoral




Posse Presidente Maria Elisabeth da S. Barbieri


Vice-Pres.Administrativo Lorenzo R. Neves


Vice-Presidente Unificação Léa Bos Duarte


Vice-Presidente Doutrinário: Rosi Helena P. Possebon



Presidente e vices-presidentes

CONFRATERNIZAÇÃO DE POSSE

Após a palestra do Vinicius Louzada sobre "O futuro
do Espiritismo" e posse da nova Diretoria da FERGS
foi o momento de confraternização.
Vejam as fotos.....




Diretoria da FERGS



Encontro de Marilene e Helena



Posando



Equipe do Doutrinário


Colaboradores



Confraternizando


Confraternizando






Presidente e colaboradores



Marilene e Marlene




Marlene, Dairson, Helena e Jorge



Presidente e irmãos de Santa Maria



Presidente Elisabeth e esposo



Marilene e Claudete



Jardim "Conte Mais"



Vinicius, Helena e Elisabeth


































sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Hoje é Dia dos Santos Reis

Este texto sobre o Dia dos Santos Reis é de autoria do poeta e pesquisador Léo Ribeiro e poderá ser encontrado no seu blog: blog do Léo Ribeiro.





O flagrante acima foi colhido num dia 06 de janeiro, do ano de 1973, numa cantoria de Reis. Aparecem na foto Bruno Neher com o acordeom, Paixão Côrtes ao fundo, Elmo Neher com o violão e o cantor Leonardo com o tambor.



Histórico: Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país. Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três "Reis Magos", denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados como santos a partir do século VIII. Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro que, em alguns países de origem latina, especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal.

Como se compõe e qual a função do Terno de Reis?

Segundo o folclorista Paixão Côrtes, é variável o número de participantes de um "terno" pois nem sempre os cantadores são também instrumentistas, e isto obriga a uma maior divisão de funções. No geral, não vai além de oito pessoas: o mestre ou guia e o ajudante de mestre; contra-mestre e ajudante de contra-mestre; o tipe; o tambor; o triângulo e a rabeca. O mestre, que é o diretor, deve não só ser um bom repentista como também um bom conhecedor da história do nascimento de Jesus, principalmente no que se refere à visita dos Reis Magos. É o mestre (em primeira voz) que inicia o canto acompanhado de seu ajudante (em segunda voz); o verso é então repetido pelo contra-mestre e seu ajudante, também em primeira e segunda voz, respectivamente. O tiple ou tipe ou ainda tipi, é ordinariamente uma criança que se encarrega de cantar as firmatas características do segundo e do quarto verso de cada estrofe ou somente deste último. Podem existir um ou dois tipes em cada terno. Sobre esta figura assim se expressou o folclorista Mário de Andrade: "A mim me parece que o quipe que 'faz o contracanto' é o mesmíssimo 'tiple', também 'tipe' pela nossa gente folclórica, palavra de terminologia musical espanhola que nomeia o soprano (se trata dum menino) muito generalizada nas cantorias brasileiras para indicar uma voz subalterna. Embora raro, encontramos o terno acompanhado de pau de fita, boizinho, bumba-meu-boi etc., então com suas representações coreográficas algo dramáticas, lembrando um rancho definido por Mário de Andrade. Aparecem também por vezes homens vestidos de mulheres, bem como os arcos de flores das "jardineiras", os cavalheiros, os porcos, caiteto, uma verdadeira bicharada.

Letra e música:

As estrofes de nossos ternos de Reis, são quadrinhas na maioria das vezes de feitura popular, heptasílabas que narram episódios referentes ao nascimento de Cristo. Podemos classificá-las como religiosas e profanas. As primeiras são aquelas que no seu conteúdo mantêm bem vivo o motivo cristão das comemorações da Bíblia. As profanas são as que fogem ao tema do ciclo natalino religioso. Mas antes desta narração encontram-se os versos de chegada ou de saudação, à porta da casa. Os versos compreendem vários ciclos: anterior ou véspera de 25, dia de Natal, de 25 à 1º do ano e de 1º de janeiro ao dia de Reis.

As estações são cantadas de acordo com o decorrer dos dias, e obedecem as seguintes principais frases: Chegada, Entrada, Louvação, Peditório, Agradecimento e Despedida.Cada terno tem mais ou menos decorado um número grande de versos, podendo no entanto "o mestre" acrescentar improvisos que a situação exigir.São numerosas as melodias existentes. Variam de região para região. Talvez os tipos de instrumentos musicais acompanhantes tenham contribuído para o surgimento dessas variedades. Em nossas pesquisas registramos inúmeras "toadas". As melodias geralmente apresentam duas partes distintas: uma bastante lenta, corresponde aos versos cantados; a outra somente tocada, no geral caracteriza-se por uma aceleração do ritmo.



A seguir damos um exemplo da maneira de como é "tirado" um verso pelos cantores:



Cantam: mestre e seu ajudante
Os três Reis por serem Santos
Os três Reis por serem Santos
Se puseram a caminhar


Repetem: contra-mestre e seu ajudante
Os três Reis por serem Santos
Os três Reis por serem Santos
Se puseram a caminhar


Cantam: mestre e seu ajudante
Procurando Jesus Cristo
Procurando Jesus Cristo
Em Belém foram encontrar

Repetem: contra-mestre e seu ajudante
Procurando Jesus Cristo
Procurando Jesus Cristo
Em Belém foram encontrar

Em outros ternos, porém, cantam os "reses" quadrinha por quadrinha; assim como as melodias, as maneiras de cantar são também distintas.
Geralmente eles terminam o verso bem "choroso", acrescentando "oi"...


Instrumentos:

Os instrumentos musicais que podem considerar como tradicionais são: viola, rabeca, gaita, violão, tambor ou caixa de triângulo.Comum outrora era a parceira da viola com a rabeca acrescida quase sempre de tambor ou triângulo. Na falta deste último um estribo de meia picaria é também usado.Atualmente a gaita tomou conta da parte musical, fazendo-se acompanhar do violão e não raro de pandeiro, chocalho e cavaquinho.


Visita:

Em traços gerais a visita dá-se da seguinte maneira: no terreiro da casa, o "terno" tendo a frente o "mestre" e o "ajudante", faz em verso de "saudação" ao dono da residência, solicitando permissão para cantarem e ao mesmo tempo justificando-se da sua chegada:


Chegada:


Agora mesmo chegamos
Na beira do seu terreiro
Para tocar e cantar
Licença peço primeiro


Entrada

Se o proprietário concorda — geralmente muito satisfeito e feliz — abre a porta, convidando o mestre e seus cantadores para passarem. Existe mesmo uma certa tradição que consiste em o proprietário aguardar alguns versos para no caso positivo de receber o terno, acender as luzes da casa.


Porta aberta, luz acesa
Sinal de muita alegria
Entra eu, entra meu terno
Entra toda a companhia

domingo, 1 de janeiro de 2012

2012

Etapa vencida, fim de ano.
Mas fica a esperança de dias melhores no ano que está chegando.
E agora, o que fazer?
É hora de agradecer a Deus o que ocorreu, vivenciou, experimentou. Agradecer as dores e alegrias, as coisas positivas e negativas. Tudo passou.
É hora de voltar os olhos para o novo, que começa amanhã.
Guarde bem as ocorrências alegre e tire lições dos sofrimentos, que também são úteis e não devem ser lembrados com desdém.
Foi-se o ano! Viva o ano que vem!
O ano se vai, mas deixa as boas experiências.
Do livro Paz todo dia de Lourival Lopes